CENTENÁRIO DE MORTE DA PRINCESA ISABEL DO BRASIL.
Há exatos 100 anos, expirava na França, exilada e impedida de voltar ao Brasil por conta da Lei do Banimento. Um ícone e uma figura feminina que escreveu seu nome da história brasileira, com pena de ouro, literalmente.
A primeira mulher a dirigir a nação, Sua Alteza Imperial e Real Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orleans e Bragança, cognominada "A REDENTORA." Com efeito, a lei mais importante da história do Brasil, sancionada no segundo domingo de maio de 1888, tem a assinatura desta mulher, uma brasileira a frente de seu tempo, que nunca abriu mãos das tradições mas enxergava o futuro com esperança e progresso.
ISABEL DO BRASIL, uma brasileira que enfrentou o machismo que duvidava da sua capacidade de governar e o fez sem deixar de ser feminina. Antes da assinatura da Lei Áurea, o seu determinismo e coragem sancionou a Lei do Ventre Livre (LEI Nº 2.040, de 28/09/1871) e em seguida, grávida, usou da palavra no Senado Imperial, afrontando ainda mais o brio dos parlamentares que, no ímpeto do machismo, não toleravam uma voz feminina a dar-lhes recomendações.
Toda voz que brada contra a chaga cancerosa que foi a escravidão legalizada, se faz Arauto da Liberdade. É, portanto, dever de justiça, fazer memória de quem com sua assinatura contribuiu para que os grilhões fossem quebrados, ainda que do ponto de vista legal, pois todo início pressupõe um passo.
Uma princesa, uma mulher e uma ícone do Brasil, que na provisoriedade governamental de sua atuação, tornou-se perene na dimensão de seus atos, contrariando a hegemonia masculina de um período em que a mulher, tomada por objeto, não tinha voz e nem vez, tampouco autonomia de seu próprio querer e existir.
PRINCESA ISABEL DO BRASIL. LUMINOSIDADES.
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