quinta-feira, 1 de outubro de 2015

LEMBRANÇAS DE OUTUBROS

Em torno do dia primeiro de outubro muitas recordações orbitam, de modo singular para mim. Hoje, festivamente, celebra-se Santa Teresa de Lisieux, ou simplesmente Santa Teresinha e a memória desta festa litúrgica evoca-me a capela da referida santa na minha cidade natal.
Ao dobrar do sino da singela, porém acolhedora, capela de Santa Teresinha, lá em Pinheiro, a humildade do recinto faz-me lembrar dos tempos idos quando em meu coração nasceu está devoção que tornou-me advogado. Explico.
Primeiramente preciso fazer memória da minha querida avó do coração, Julieta Ferreira Pereira. Ao tomar-me pela mão, foi quem ensinou-me o caminho daquela pequena capela, o mais surgiu naturalmente.
Quando alguém conclui o ensino médio e se prepara para o vestibular, dá preferência aos cursos com os quais mais se afeiçoa, no meu caso a filosofia. Porém, quando dada por certa a necessidade de partir de meu torrão para cursar faculdade em São Luís do Maranhão, aconteceu algo inusitado.
Antes de escolher o curso que iria fazer comecei por escolher as instituições de ensino Superior, utilizando por critério aquelas com carisma cristão ou então denominadas com nomes que remetessem ao sagrado sob a ótica de minha convicção religiosa. Então fui listando aquelas com nome de santos e quando encontrei uma com o nome de “Santa Terezinha”, dei-me por satisfeito e encerrei a procura. Agora faltava apenas definir qual dentre os cursos ofertados em pleitearia.
Na faculdade homônima da santa que hoje se celebra, os cursos eram quase todos relacionados a área da saúde e eu não tenho inclinação para essa área, por falta da coragem necessária para assumir a responsabilidade de tratar de modo mais direto de algo tão precioso como a vida humana. Entretanto, no turno noturno, havia um curso que a pouco tempo começara a ser lecionado, era o curso de Direito.
Parei, refleti um pouco e pensei, afinal Direito é curso muito concorrido e talvez não lograsse êxito, porém o nome da instituição de ensino deixou-me fascinado e ao visitá-la pela primeira vez ficou cheio de força ao encontrar na entrada do estabelecimento uma imagem da Santa das Rosas rodeada de rosas. Confiei em Deus e pela intercessão de Santa Teresa de Lisieux obtive êxito. 
Hoje vejo em volta e digo que valeu a pena. Ouvir o coração e confiar-se a fé providente é sempre o melhor caminho. Só é pena que em volta não tenha mais a presença, física, da minha avó do coração. 

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