A vida é um
caminhar indefinido e incerto que ganha sentido à medida que vivemos. O viver
nos possibilita a experiência de momentos, permitindo-nos cruzar com pessoas
luminosas e quando elas partem para longe tudo fica sombrio. Afinal, "as boas
vivências são dádivas arquivadas no coração, em determinados momentos de nossa
vida emergem e nos trazer a lembrança de um tempo que foi bom".
Aurelina
Catarina Amorim, ou simplesmente Dona Cici, como gostava de ser chamada, mulher
dinâmica e temente a Deus, ministra da eucaristia, católica fervorosa e assídua
a Santa Missa, professora e também mestra de gerações de pinheirenses (50 anos
de sua vida dedicados a educação), Acadêmica da Academia Pinheirense de Letras
Artes e Ciências. Dona Cici, uma figura inoxidável e uma lembrança risonha que
durante os 89 anos em que esteve neste mundo soube cativar corações, nos quais
hoje vive – de forma serena e fagueira – sob o pálio da saudade, eis o que hoje
ela é e representa: saudade, muita saudade.
Os bons devem
ser lembrados; lembrá-los não é favor, é justiça. A Academia Pinheirense de
Letras Artes e Ciências faz memória de dona Cici e solidariza-se com os seus
familiares, flagelados pela ausência física de alguém tão especial. Também
tempo rende graças a Deus por ter-nos dada a dádiva da convivência fecunda com
ela em nossa academia, motivo de glória e alegria que hoje se transubstancia
numa saudade tão imensa, como as águas portentosas do Pericumã a inundar os
Verdes Campos de Pinheiro.
É costume que
os membros de academias de letras sejam chamados imortais, mas diante da
transitoriedade da vida, sob o aspecto biológico em que se encerra, esta
imortalidade é posta a prova e a esperança é alento que nutri os passos na
direção de um horizonte maior e ilimitado: a eternidade. Dona Cici é imortal
pelo fato de que jamais morre quem é inesquecível e, na simplicidade do seu
jeito de ser, ela tornou-se. É imortal porque sempre teve na eucaristia, pão da
autêntica imortalidade, o sustento de seu caminhar assinalado pela fé e oração.
Portanto, ao encerrar
este tributo de saudade, a melhor maneira, em se tratando dessa grande mulher
de oração, é reverenciar o transcendente e o faço, a exemplo dela, rezando.
Ave Maria cheia
de graça, o senhor é convosco,
bendita sois vós entre as mulheres
e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós pecadores,
agora e na hora de nossa morte, amém.
Rogai por Ela Santa Mãe de Deus.
Para que seja digna das promessas de Cristo. Amém.
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P. S: Homenagem feita em
cerimônia religiosa realizada dia 29/05/2015, na Igreja de Santo Antônio,
Centro, São Luís-MA, por ocasião da passagem do primeiro ano do falecimento da
confreira Cici.
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