domingo, 31 de maio de 2015

A inesquecível Cici Amorim.

A vida é um caminhar indefinido e incerto que ganha sentido à medida que vivemos. O viver nos possibilita a experiência de momentos, permitindo-nos cruzar com pessoas luminosas e quando elas partem para longe tudo fica sombrio. Afinal, "as boas vivências são dádivas arquivadas no coração, em determinados momentos de nossa vida emergem e nos trazer a lembrança de um tempo que foi bom".

Aurelina Catarina Amorim, ou simplesmente Dona Cici, como gostava de ser chamada, mulher dinâmica e temente a Deus, ministra da eucaristia, católica fervorosa e assídua a Santa Missa, professora e também mestra de gerações de pinheirenses (50 anos de sua vida dedicados a educação), Acadêmica da Academia Pinheirense de Letras Artes e Ciências. Dona Cici, uma figura inoxidável e uma lembrança risonha que durante os 89 anos em que esteve neste mundo soube cativar corações, nos quais hoje vive – de forma serena e fagueira – sob o pálio da saudade, eis o que hoje ela é e representa: saudade, muita saudade.

Os bons devem ser lembrados; lembrá-los não é favor, é justiça. A Academia Pinheirense de Letras Artes e Ciências faz memória de dona Cici e solidariza-se com os seus familiares, flagelados pela ausência física de alguém tão especial. Também tempo rende graças a Deus por ter-nos dada a dádiva da convivência fecunda com ela em nossa academia, motivo de glória e alegria que hoje se transubstancia numa saudade tão imensa, como as águas portentosas do Pericumã a inundar os Verdes Campos de Pinheiro.

É costume que os membros de academias de letras sejam chamados imortais, mas diante da transitoriedade da vida, sob o aspecto biológico em que se encerra, esta imortalidade é posta a prova e a esperança é alento que nutri os passos na direção de um horizonte maior e ilimitado: a eternidade. Dona Cici é imortal pelo fato de que jamais morre quem é inesquecível e, na simplicidade do seu jeito de ser, ela tornou-se. É imortal porque sempre teve na eucaristia, pão da autêntica imortalidade, o sustento de seu caminhar assinalado pela fé e oração.

Portanto, ao encerrar este tributo de saudade, a melhor maneira, em se tratando dessa grande mulher de oração, é reverenciar o transcendente e o faço, a exemplo dela, rezando.

Ave Maria cheia de graça, o senhor é convosco,
bendita sois vós entre as mulheres
e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, 
rogai por nós pecadores, 
agora e na hora de nossa morte, amém.

Rogai por Ela Santa Mãe de Deus.
Para que seja digna das promessas de Cristo. Amém.

********
P. S: Homenagem feita em cerimônia religiosa realizada dia 29/05/2015, na Igreja de Santo Antônio, Centro, São Luís-MA, por ocasião da passagem do primeiro ano do falecimento da confreira Cici.

Nenhum comentário:

Postar um comentário