Hoje acordei contemplativo em demasia.
Abri a janela de meu Eu para vislumbrar o infinito de meus devaneios incontidos.
Suspirei saudade na brisa feita favônio que me afagou a face.
Tributei louvores ao Criador prestando reverência a criação.
Finalmente resumi tudo em um silencioso contemplar e... Sentado à sombra de uma árvore, fixei o corpo neste plano e com o espírito vaguei em vôos rasos e planos pelas lembranças que outrora à sombra de uma árvore semeei.
De repente planei sobre o céu pinherense de brigadeiro e no pátio da escola José de Anchieta aterrissei exatamente em um dia como este: dia da árvore. O motivo desse nostálgico passeio?! Qualquer coisa de altivo e sublime da sofisticada simplicidade de uma afável cantilena que lá aprendi, observando e acompanhando, no dia da árvore, a diretora, dona Maria do Carmo, cantarolar quando nós, alunos, comemorávamos o dia das árvores plantando-as no pátio do colégio.
De repente planei sobre o céu pinherense de brigadeiro e no pátio da escola José de Anchieta aterrissei exatamente em um dia como este: dia da árvore. O motivo desse nostálgico passeio?! Qualquer coisa de altivo e sublime da sofisticada simplicidade de uma afável cantilena que lá aprendi, observando e acompanhando, no dia da árvore, a diretora, dona Maria do Carmo, cantarolar quando nós, alunos, comemorávamos o dia das árvores plantando-as no pátio do colégio.
Voei mas alto. Visitei as praças de meu Pinheiro e nas sombras das árvores de lá meu espírito sosseguei lembrando a melodia daquele cantarolar. Daquele hino singelo, tão esquecido e, nestes dias de tanto desmatar, conservo em verde vibrante a essência de uma saudade-esperança de ver um verdejante-sol no horizonte despontar!
Festas das Árvores
(Arnaldo Barreto)
Cavemos a terra, plantemos nossa árvore,
Que amiga e bondosa ela aqui nos será!
Um dia, ao voltarmos pedindo-lhe abrigo,
ou flores, ou frutos, ou sombras dará!
O céu generoso nos regue esta planta;
o Sol de dezembro lhe dê seu calor;
a terra, que é boa, lhe firme as raízes
e tenham as folhas frescuras e verdor!
Plantemos nossa árvore, que a árvore amiga
seus ramos frondosos aqui abrirá,
Um dia, ao voltarmos, em busca de abrigo,
ou flores, ou frutos ou sombra dará!
***
Nenhum comentário:
Postar um comentário