terça-feira, 13 de setembro de 2011

LETRAS ENLUARADAS

                    
           "Ao esplendor do reflexo das noites de luar pinheirenses nas centelhas das águas caudalosas e misteriosas do Pericumã". 

ROSAS A MEIA NOITE

Perseverança traduzida em cores
Que ante a debilidade das retinas
Tem seu brilho furtado ao entardecer
E que mesmo nos da escuridão horrores
Continuam coloridas a quem saiba ver...
Oh! Sois rosas nas carnificinas...
Prova que do horrendo nasce beleza
Que do desprezo grande açoite
Transforma em adubo para a glória
D’esterco faz belas rosas à meia noite!

Espetáculo para os bravos seres
No temor que da noite assalta...
Tranqüilidade que da luz provém
E dos que corajosamente seus teres
Deixam ante sonhos que põem em pauta...
Presente dos céus aos que amor tem
No mais profundo do âmago d’alma
Fazendo da perseverança açoite
Ao amargo que ao ódio bate palma...
Eis rebentar de rosas à meia-noite!

Tributo à generosidade
Que doa sem visar recompensa ter...
Alento ao mundo em putrefação
Que insiste em não se sanear...
Do eterno visita efêmera
Cheia de doce cordialidade...
De sutil melodia oferecer
Em tons de silenciosa canção
Eis das rosas... Oh! Das doces rosas...
Perfumar nas noites do coração!

***

Nenhum comentário:

Postar um comentário