Os bons sempre serão lembrados! Ser bom, definitivamente, não é uma tarefa fácil, ainda mais para nós que somos humanos, logo imperfeitos, e isto se torna evidente porque é da natureza humana, por exemplo, a vingança, muito embora em São Paulo se tenha o seguinte ensinamento: "não te deixes vencer pelo mal, mas vences o mal com o bem (Rm 12, 21)".
A pequena Vadovice, na Polônia, se levanta sobranceira nas primeiras horas deste dia 18 do corrente mês. Desperta e presta continência ao passado e faz silêncio para ouvir o choro característico dos recém-nascidos, só que não há choro e sim alegria pelo surgir de um lindo bebê: trata-se de “Lolek” que há exatamente 90 anos entrava no mundo pelo milagre da vida para fazer o bem e com isso se tornar bom para Vadovice e ao mundo semeando a paz.
Estamos no mês de maio, mês mariano, no qual de maneira toda particular a Igreja Católica Apostólica Romana tributa louvores à Virgem Maria e penso que é impossível falar nesse assunto sem ter em mente a aparição da Virgem em Fátima – Portugal.
Falar em Maria e, sobretudo, sob o título de Senhora de Fátima é algo que remete o saudoso Romano Pontífice João Paulo II, vítima de um atentado exatamente em um treze de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima. Bem, com estas palavras, penso ter ficado evidente que Lolek não é senão o mencionado Papa. Explico: Lolek é a forma carinhosa com que Karol (João Paulo antes de se tornar Papa) era chamado por sua mãe.
Retomando a idéia anterior, não é demais dizer que na coroa da imagem da Senhora de Fátima, a qual exposta em seu Santuário em Portugal, encontra-se cravada a bala retirada do corpo do Papa. Ele como nenhum outro difundiu tanto a devoção à Virgem; e para tanto, determinou com a autoridade de seu cargo que o Rosário passasse a ter cinco novos mistérios, os chamados mistérios luminosos. Em seu brasão, por sinal, predomina o azul, cor de Maria, além de uma enorme letra “M” em ouro.
Noventa anos de um acontecimento maravilhoso na terra, que hoje por certo repercuti nos céus; eis, em síntese, o significado do transcurso deste 18 de maio de 2010. Noventa anos de um nascimento em torno do qual gravitam alguns fatos luminosos que navegando pela internet encontrei e aqui transcrevo:
“Nascimento de João Paulo II: Segundo se conta, não houve dor. No momento do parto, a mãe pediu à parteira que abrisse a janela para que os primeiros sons que seu filho recém-nascido ouvisse fossem o canto em honra de Maria, Mãe de Deus.
E assim a parteira saltou do pé da cama para a janela e escancarou as persianas. De repente o quarto se encheu de luz e do entoar das vésperas de maio em honra da Santa Virgem, vindo da Igreja Nossa Senhora, no próprio mês a ela dedicado. Dessa forma, os primeiros sons ouvidos pelo futuro papa, João Paulo II, foram cânticos entoados a Maria, da igreja paroquial que ficava bem do outro lado da rua da casa onde nasceu, num modesto sobrado cujos proprietários eram judeus, na cidadezinha de Vadovice, na Galícia.
Essa foi a história contada pelo velho Papa em pessoa, enquanto caminhava pelos jardins do Vaticano no seu septuagésimo ano de vida, contemplando o arco descrito por sua vida notável e descrevendo essa grande dádiva de sua própria mãe martirizada. Trecho do livro Sua Santidade, João Paulo II e a história oculta de nosso tempo, de Carl Bernstein e Marco Politi”. (Disponível em http:// www.melgama.com/religiosas/papa/index.html acessado em 17/05/2010) .
Realmente, é difícil dar vida a idéia que João Paulo tenha morrido; é custoso dar azo ao pensamento de que seu espírito juvenil tenha se expirado com a dimensão corpórea de sua matéria; mais difícil ainda é, a luz da fé por ele professada, não tê-lo, desde já, como pertencente ao número dos eleitos de Deus, ou como bradado na Praça São Pedro em Roma por ocasião de seu sepultamento: “santo súbito”.
Em João Paulo II o Evangelho de Cristo foi pregado de forma contundente com palavras e muito mais ainda foi asseverado pelo exemplo. Exemplo de plena obediência, no perdão concedido ao turco que lhe baleou; poucas vezes o mando de Cristo foi observado com tanta retidão: “se alguém te der uma bofetada, oferta a outra face”. O Papa polonês o fez como ninguém!
Apesar de grande líder religioso, sua atuação extrapolou os limites da fé e, com seu carisma inato, bem soube transpor os valores fundamentais da cristandade ao restante do mundo propondo a cultura da tolerância, da paz, da reconciliação e do ecumenismo, do respeito ao homem na sua dignidade e em todas as fazes de sua vida. Antes de tudo soube ser diplomata sem ser demagogo, mostrando-se um valente destemido que levou até as últimas conseqüências suas convicções e se ainda hoje possa ser concebível não amá-lo, certamente, muito mais inconcebível é não admirá-lo e respeitá-lo.
Reconhecer o valor de algo quando ele o tem, muito mais que questão de fazer justiça, é caminhar para a perfeita elevação da alma. É por isso que hoje, na insignificância de minha pequenez, também me uno a Vadovice, a Cracóvia e a Polônia para reverenciar a memória de um gigante cujas primaveras doravante tem e terá a eternidade por jardim. Por ocasião de seu ocaso, em 02/04/2005, fiz três sonetos em sua memória: Antífonas das lágrimas; As vésperas do infinito e Augustas primaveras, dos quais aqui transcrevo este último, a título de homenagem, de forma inédita, inclusive com a dedicatória da época:
In memorian de João Paulo II, mensageiro da paz, defensor da família, desbravador de seus limites na busca de seus propósitos.
Augustas primaveras.
É pois com o adubo d’uma vida inteira
Que ao soar dos badalos dos séculos... Dias...
Deslizam na clepsidra da existência
Para do tempo vislumbrar fronteira
Ser gota no mar da glória radiante...
Onda na praia das eternas alegrias!
E quando ecoa sonata dos ponteiros
Ressoam concertos monumentais
Morgados de ventos exuberantes
Que do eterno se fazem caminheiros
Regidos pelas partituras d’alma!
E quando chega dos concertos outono
Esvai-se na relva perfume sem fim
De jardim que o esplêndido espalma!
----------------------
§§ Nota: As imagens aqui contidas foram acessadas em 17/05/2010 no sítio: http://www.pontificado.kit.net.biografia/html
----------------------
Estamos no mês de maio, mês mariano, no qual de maneira toda particular a Igreja Católica Apostólica Romana tributa louvores à Virgem Maria e penso que é impossível falar nesse assunto sem ter em mente a aparição da Virgem em Fátima – Portugal.
Falar em Maria e, sobretudo, sob o título de Senhora de Fátima é algo que remete o saudoso Romano Pontífice João Paulo II, vítima de um atentado exatamente em um treze de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima. Bem, com estas palavras, penso ter ficado evidente que Lolek não é senão o mencionado Papa. Explico: Lolek é a forma carinhosa com que Karol (João Paulo antes de se tornar Papa) era chamado por sua mãe.
Retomando a idéia anterior, não é demais dizer que na coroa da imagem da Senhora de Fátima, a qual exposta em seu Santuário em Portugal, encontra-se cravada a bala retirada do corpo do Papa. Ele como nenhum outro difundiu tanto a devoção à Virgem; e para tanto, determinou com a autoridade de seu cargo que o Rosário passasse a ter cinco novos mistérios, os chamados mistérios luminosos. Em seu brasão, por sinal, predomina o azul, cor de Maria, além de uma enorme letra “M” em ouro.
Noventa anos de um acontecimento maravilhoso na terra, que hoje por certo repercuti nos céus; eis, em síntese, o significado do transcurso deste 18 de maio de 2010. Noventa anos de um nascimento em torno do qual gravitam alguns fatos luminosos que navegando pela internet encontrei e aqui transcrevo:
“Nascimento de João Paulo II: Segundo se conta, não houve dor. No momento do parto, a mãe pediu à parteira que abrisse a janela para que os primeiros sons que seu filho recém-nascido ouvisse fossem o canto em honra de Maria, Mãe de Deus.
E assim a parteira saltou do pé da cama para a janela e escancarou as persianas. De repente o quarto se encheu de luz e do entoar das vésperas de maio em honra da Santa Virgem, vindo da Igreja Nossa Senhora, no próprio mês a ela dedicado. Dessa forma, os primeiros sons ouvidos pelo futuro papa, João Paulo II, foram cânticos entoados a Maria, da igreja paroquial que ficava bem do outro lado da rua da casa onde nasceu, num modesto sobrado cujos proprietários eram judeus, na cidadezinha de Vadovice, na Galícia.
Essa foi a história contada pelo velho Papa em pessoa, enquanto caminhava pelos jardins do Vaticano no seu septuagésimo ano de vida, contemplando o arco descrito por sua vida notável e descrevendo essa grande dádiva de sua própria mãe martirizada. Trecho do livro Sua Santidade, João Paulo II e a história oculta de nosso tempo, de Carl Bernstein e Marco Politi”. (Disponível em http:// www.melgama.com/religiosas/papa/index.html acessado em 17/05/2010) .
Realmente, é difícil dar vida a idéia que João Paulo tenha morrido; é custoso dar azo ao pensamento de que seu espírito juvenil tenha se expirado com a dimensão corpórea de sua matéria; mais difícil ainda é, a luz da fé por ele professada, não tê-lo, desde já, como pertencente ao número dos eleitos de Deus, ou como bradado na Praça São Pedro em Roma por ocasião de seu sepultamento: “santo súbito”.
Em João Paulo II o Evangelho de Cristo foi pregado de forma contundente com palavras e muito mais ainda foi asseverado pelo exemplo. Exemplo de plena obediência, no perdão concedido ao turco que lhe baleou; poucas vezes o mando de Cristo foi observado com tanta retidão: “se alguém te der uma bofetada, oferta a outra face”. O Papa polonês o fez como ninguém!
Apesar de grande líder religioso, sua atuação extrapolou os limites da fé e, com seu carisma inato, bem soube transpor os valores fundamentais da cristandade ao restante do mundo propondo a cultura da tolerância, da paz, da reconciliação e do ecumenismo, do respeito ao homem na sua dignidade e em todas as fazes de sua vida. Antes de tudo soube ser diplomata sem ser demagogo, mostrando-se um valente destemido que levou até as últimas conseqüências suas convicções e se ainda hoje possa ser concebível não amá-lo, certamente, muito mais inconcebível é não admirá-lo e respeitá-lo.
Reconhecer o valor de algo quando ele o tem, muito mais que questão de fazer justiça, é caminhar para a perfeita elevação da alma. É por isso que hoje, na insignificância de minha pequenez, também me uno a Vadovice, a Cracóvia e a Polônia para reverenciar a memória de um gigante cujas primaveras doravante tem e terá a eternidade por jardim. Por ocasião de seu ocaso, em 02/04/2005, fiz três sonetos em sua memória: Antífonas das lágrimas; As vésperas do infinito e Augustas primaveras, dos quais aqui transcrevo este último, a título de homenagem, de forma inédita, inclusive com a dedicatória da época:
In memorian de João Paulo II, mensageiro da paz, defensor da família, desbravador de seus limites na busca de seus propósitos.
Augustas primaveras.
É pois com o adubo d’uma vida inteira
Que ao soar dos badalos dos séculos... Dias...
Deslizam na clepsidra da existência
Para do tempo vislumbrar fronteira
Ser gota no mar da glória radiante...
Onda na praia das eternas alegrias!
E quando ecoa sonata dos ponteiros
Ressoam concertos monumentais
Morgados de ventos exuberantes
Que do eterno se fazem caminheiros
Regidos pelas partituras d’alma!
E quando chega dos concertos outono
Esvai-se na relva perfume sem fim
De jardim que o esplêndido espalma!
----------------------
§§ Nota: As imagens aqui contidas foram acessadas em 17/05/2010 no sítio: http://www.pontificado.kit.net.biografia/html
----------------------
Nenhum comentário:
Postar um comentário