Íntegra do discurso proferido em 19/01/2010 na Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Anil, por ocasião de Missa em Ação de Graças pela Colação de Grau dos Formandos da V Turma de Direito da Faculdade Santa Terezinha - CEST, Turma Professor Thales da Costa Lopoes, da qual fui eleito orador.
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FACULDADE SANTA TEREZINHA - CEST
FORMANDOS DO SEGUNDO SEMESTRE LETIVO DE 2009
COLAÇÃO DE GRAU DO CURSO DE DIREITO
IGREJA MATRIZ DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DO ANIL
SÃO LUÍS, 19 DE JANEIRO DE 2010
MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS PELA COLAÇÃO DE GRAU
DISCURSO PARA MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS
Estimados colegas; amigos de faculdade;
Estimados... Estimados Senhores e Senhoras aqui presentes;
Nossos familiares e amigos... Boa noite!
SÃO LUÍS, 19 DE JANEIRO DE 2010
MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS PELA COLAÇÃO DE GRAU
DISCURSO PARA MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS
Estimados colegas; amigos de faculdade;
Estimados... Estimados Senhores e Senhoras aqui presentes;
Nossos familiares e amigos... Boa noite!
“Não faças de ti um sonho a si realizar. Vai!”
No horizonte da existência e no regaço deste dia, estas palavras da poetisa Cecília Meireles ganham vida e são protagonizadas por cada um dos que hoje trazem no semblante a estampa do sorriso de quem fez dos ideais espada de combate, completou a corrida... Guardou a fé e esperança, alicerçando-se na certeza de que, quando perseveramos, tudo é possível.
Impregna-se nas calendas de janeiro, em meio a amplidão desta hora, o crepitar do brilho do olhar que cintila em cada rosto aqui presente, o qual ilumina-a com o resplendor próprio dos que emanam a luz radiosa da vitória que cinge o semblante com a diadema da glória, o qual a existência hoje oferta aqueles que fizeram do direito uma escolha e objetivo de vida, perseguido de forma árdua ao longo dos anos de faculdade.
Mas se a alegria se faz companheira de caminhada, no transcurso destas horas, em que a felicidade ressoa no silêncio da profundidade dos corações, fazendo-se comunicável mediante o “murmúrio do indizível” que serpeia os olhares e tudo fala em silenciosa melodia... A saudade por sua vez também se aproxima sorrateira e em meio aquela melodia, transformando a vida em baile, tira-nos para dançar com as recordações de outrora e, nesse valsar de emoções, faz dos olhos lagos perenes que fendidos, em filete d’água correm e deságuam no oceano das lembranças, as quais já se avolumam pela sonata dos ponteiros, que não tarda em anunciar a hora em que as essências do perfume deste momento se impregnaram nas belas páginas de um passado que já nasce vitorioso.
Realmente, trata-se de um passado que já nascerá vitorioso e não poderia sê-lo de forma diversa se o momento presente é todo repleto de vitórias, individuais e coletivas, que se fazem perceptíveis por todos nós que ora o vivemos, escrevemos e sentimentos; mas se um por um lado já nasce vitorioso... Permanecer assim é tarefa que exige um comprometimento com o presente; comprometimento este que chama a colação o mais íntimo de cada um à resposta da indagação sobre o que somos e o que queremos ser.
"Pergunto: tu, ante o presente,
Como te defines como será do passado?
Há urgência de resposta, antes que a noite chegue.
Carregarás fardos para evitar
(repara que o rio corre e a noite vem como onda)
ou deixarás que apenas sejamos o tempo
e irreparável memória?"(José Carlos Capinam).
Presente e passado são hiatos existenciais que se comunicam mediante o agir humano que repercuti no futuro; repito, repercuti e não o define, mas tão somente aponta possibilidades, cuja ratificação repousa nas entrelaças do porvir, nos acontecimentos vindouros que em parte tem por tecelão a vontade divina e em outra, como já dito, o agir humano com a persecução dos propósitos a serem eleitos mediante o livre-arbítrio.
Justiça e Direito não são e nem devem ser concebidas como realidades distintas, entretanto em determinados momentos podem que se mostrarem conflitantes entre si semelhante a flor que se causa encanto com o aroma e colorido de suas pétalas, também sabe ferir e causar desencanto com a agudeza de seus espinhos e a ocorrência desses conflitos é algo sobre o qual nenhum de nós, bacharéis de Direito, estará imune daqui por diante. A vida se encarregará de nos por em situações dessa ordem e diante delas não vacilemos em preterir o direito pela justiça, pois assim haveremos de sermos promotores de um direito justo e muito mais consolidado, semelhante a roseira que podada, a despeito de desvanecer em suas forças, rebenta em viçosos ramos com flores de igual ou superior fragrância e esplendor.
Já dizia Albert Einstein que “o único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”! Caríssimos, alcançar o sucesso é um anseio de muitos, privilégio para poucos e conquista somente para alguns e isto porque ele jamais é atingido, e se o é não é de forma plena, se buscado primordialmente, mas sim, e assim o é mais esplendoroso, quando surgi como conseqüência de um propósito que é perseguido de forma silenciosa, porém consistente e decididamente abnegada, ou como preconizado pelo mesmo Einstein, “o segredo do sucesso não está em fazer aquilo que se gosta e sim em gostar daquilo que se faz”.
Santa Terezinha, patrona do Estabelecimento de Ensino Superior no qual cursamos a faculdade de Direito, certa vez disse: “perguntas-me um caminho para a perfeição, eu conheço o amor e somente o amor”! São Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios, já exortava que ainda que tivesse o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé a ponto de transpor montanhas, se não tivesse o amor... Não seria nada!
Ao menos entendo; nenhum sucesso pode ser vislumbrado e nenhuma meta alcançada se não tiver por combustível o amor. Contudo, penso ser de uma mestria impar as palavras de Santa Terezinha: “não é bastante amar, é preciso prová-lo!” Exatamente por isso, neste dia em que a existência descortina diante de nós um horizonte no qual somos chamados a sermos bacharéis em direito, antes de tudo somos intimados a tornar-nos promotores da justiça tomando-a por sacerdócio a ser exercido com abnegado compromisso e humanitários propósitos e, não duvidemos, se assim fizermos, o sucesso virá consequentemente e naturalmente.
Pablo Neruda já dizia: "o mais amplo do mundo, o conhecimento, o reconhecimento, a alegria deixada por um presente, como um suavíssimo cometa, tudo isso é muito mais cabem na extensão de uma palavra. Quando se diz obrigado, se dizem muitas coisas mais, que vêm de muito longe e de muito perto, de tão longe como de origem do indivíduo, de tão perto como o secreto pulsar do coração." Nesse pulsar secreto é que neste momento é imperioso, é justo, é devido... Agradecer-se; agradecer-se antes de tudo a Deus, a vocês pais, aos nossos amigos e a todos que confiaram e nos apoiaram ao longo desta caminhada.
Já dizia Anchieta: “caminhante não há caminho; o caminho se faz ao caminhar”. Daqui para frente não haverá caminho traçado, teremos que trilhá-lo... Inventá-lo com nossos próprios passos. Antes de tudo fica a confiança em Deus e como já diz a prece; a benção irlandesa... “Que o sol brilhe cálido sobre tua face, o vento sopre fagueiro sobre teus ombros, a chuva caia serena sobre teus campos e até que nos vejamos de novo, que Deus nos guarde na palma de sua mão!”
Obrigado.
MAURICIO GOMES
Orador da Turma
Meu amigo, não foi sem propósito que vc foi escolhido pela nossa turma para ser o Orador! Vc que sempre vestido de serenidade, sabedoria e valores raros na sociedade em que vivemos, sempre animou a todos com suas palavras positivas de incentivo fazendo de todos nós privilegiados em ter sua companhia e amizade!!!!
ResponderExcluirCom o discurso da nossa missa não foi diferente, vc nos fez viajar pelas recordações construídas em 05 anos de curso e nos incentivou a reflexão, deixando em cada um de nós a certeza de que estamos só no começo de uma caminhada com percurso incerto e o que vai defini-lo será o modo como escolhermos ver e viver o Direito!!!
=] SUELLEN CAVALCANTE