SONHO TINTO
Um sonho destilado ao vinho
Denso e forte qual o fulgor
De rubra rosa com espinho
Disperso, em gélido calor.
Ah! Sob lençóis de linho
A ressaca da insensatez...
Com euforia de sonhar
E a doçura de delirar...
Lúcido!
E liberto feito passarinho
Da gaiola da sensatez
Com as assas do desatino
O improvável acalentar
Deixando pelo caminho
Ao torpor de embriaguez...
Meio sóbrio, meio delgado
Suspiros em desalinho
Guardado!
Suspiros alucinantes...
Ah! Verdades inconstantes
Tingidas de emoção!
Desejos agonizantes
Com gostos incessantes
Ávidos de satisfação
Tudo destilado em vinho
Embebido em lençóis...
De linho!
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