Na divisa de antônimos quase sempre se encontra a resposta para o ser das coisas e o sentido que as motiva. Nas antíteses, quase sempre se encontra vetores, que ajustados, apontam para realidades distintas e descobertas fantásticas. Um exemplo disto é o veneno da cobra, quem diria que sendo tão mortal, seria a partir dele que se obtém o antídoto; ou ainda o remédio, que por mais benéfico que seja, quando ingerido em dose além do necessário se torna veneno e mata de overdose.
E então a existência põe diante da humanidade o dia 31 de dezembro, último dia do ano, sinal de fechamento de um ciclo, de um tempo, de um apagar de luzes; e, por falar em apagar de luzes, vou até a divisa de antônimos e ao rever os grandes feitos da humanidade, constato que, no dia de hoje, há 141 nos, Thomas Edison fez a primeira demonstração pública da lâmpada incandescente, em Menlo Park, Nova Jersey.
Não tendo a expertise de Thomas Edison, no apagar destas luzes de 2020, apesar dos pesares, quero acender outra lâmpada, que apesar de não ser incandescente ilumina bem, talvez a energia que a acende não é a eletricidade, mas sim o combustível da gratidão: pelo ano que passa, pelas experiências vividas, pela maravilha de viver, apesar dos pesares, esperançoso.
E assim quem
sabe, no ano vindouro, para além das incertezas, as trevas da insegurança sejam
dissipadas pela impávido luzir que o sonho alimenta e se chama esperança, cujo
clarão rebrilha gratidão e se derrama em luminosidades.
Feliz e luminoso Ano Novo.
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