quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

FILINGRANAS POÉTICAS


SORRISO-LUZ
 
Aurora de fagueira primavera
É lindo semblante ao meigo afago
Da singeleza que luxo supera...
Que desponta e que se amplia ao vago
Florida na centelha que oblitera
Nesse aceno de fugaz eternidade
Legado de deslumbrante quimera...
Magno sorriso... Farol que invade!

Hino à alegria em tons graciosos
Orquestrado ao fascínio que vigora
Sol em riso... Teu sorriso... Paraíso!
Fragrância em aromas luminosos
Que do pesar o exalar devora
No sussurro benfazejo... Aviso...
Cifra do enlevo que contagia...
Doces risadas... Fina harmonia!

Quintessência da felicidade...
Saudação que o coração inebria
Nessa prece que evoca o bendito
No colorir da vitalidade
Que em si sintetiza o infinito
Na brisa-turbilhão... Suavidade
De estridente silêncio bonito...
Sorriso-mar... Dilúvio-claridade!

Metáfora serena ao intangível
É frescor de sorriso-aquarela...
Nuança que o insondável pincela
No deslumbramento que extasia
Ao ledo murmúrio que revela
Nesse âmago que o etéreo seduz...
Sorrir sincero... Sublime chancela...
Fagulha que o indizível traduz!

Lampejo que intempérie incinera
Ao cálido cintilar da efusão
Refúgio do ímpeto que venera
Caleidoscópio de primaz canção...
Sorriso-flor! Mimo do Criador
E do inenarrável sublimação
Em sinfonia de jocoso louvor
Que ao imenso empresta amplidão!

Porta-voz que o esplendor elegeu
Ao reflexo inoxidável que alcança
Claro enigma que enalteceu
O porvir nos braços da esperança!
Belo riso... Teu sorriso... Primor!
Sorrir singular de plural lembrança
Quem vislumbrou nunca o esqueceu...
Sorriso-luz que a paz concebeu!

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