terça-feira, 3 de agosto de 2010

A um "FRADI" nada convencional.

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A VIDA É REGIDA PELA IMPREVISIBILIDADE. Assim disse certa vez Ayres Britto, em um dos mais célebres julgamentos do Supremo Tribual Federal: o julgamento da constitucionalidade do uso das células-tronco embrionárias.

Imprevisibilidade! Faca de dois gumes. Com o mesmo ímpeto com que surpreende de forma nefasta para anunciar contrariedades e negatividades, por vezes também sabe surpreender com bons ventos. Entretanto, nem sempre este último momento ocorre com a mesma proporção do primeiro.

Hoje foi um desses dias em que imprevisivelmente a vida surpreendeu-me com um desses momentos em que as circunstâncias impõem uma despedida. É por essa razão que reler umas palavras escritas há algumas primaveras muito me é salutar, não porque falem de despedida, que aliás foi o que hoje o viver obrigou-me experimentar, mas antes de tudo porque diante da adversidade aprendi com um poema o quanto palavras tem poder.

As últimas linhas daquele poema, escrito nos verdes anos de minha adolescência, nunca ficaram em vão ou perderam-se no vento. Ao contrário, para mim sempre foram qual prece que subindo aos céus feito incenso, é sempre atendida.

É como faço. Dirijo palavras a um amigo que tenho e que é "fradi". Um "fradi" diferente que em seu jeito de ser ensinou-me que homens não se despendem dizendo "tchau" e sim "falou".

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SONETO DE DESPEDIDA

Antes castigo, trabalho pesado
Que uma difícil despedida
Que machuca e o ser mergulhado...
Em saudades deixa... Vida ferida.

Adeus... Palavra triste, amarga...
Em breve... Esperança renovada.
Nos adeuses e em breves da vida...
Saudade. Sim; ela é embalada.

Da amizade fica a lembrança
Na recordação imortalizada
Mas chega a hora dolorida

Co’alma cheia de esperança
Não digo adeus, sim até breve.
Até lá luz... Alegria... Bonança!
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Falou!
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