UM CIDADE, SUA MEMÓRIA E HISTÓRIA.
Segunda-feira, 30 de março de 2020, a noite chega e com ela o estrondo de foguetes chama a atenção da Cidade de Pinheiro-MA.
Da porta da Academia Pinheirense de Letras Artes e Ciências - APLAC, a Vice-presidente e o tesoureiro da instituição (representando os demais acadêmicos) cantam o hino municipal, fazem memória a história da cidade para não deixar passar em branco o Primeiro Centenário da elevação da Vila de Santo Inácio do Pinheiro à categoria de Cidade de Pinheiro.
O lançamento do selo comemorativo, encomendado pelo sodalício para a ocasião, foi postergado por conta da Pandemia Corona Vírus, mas já que "acender-se e iluminar" é o lema da APLAC, surge então Seu Joãozinho Fogueteiro, autêntico representante da boa gente de Pinheiro, que com toda picardia, destreza e leveza da maestria que lhe consagraram "fogueteiro oficial da cidade", ilumina a noite pinheirense com fogos de artifício que logo chamam a atenção do povo.
São fogos de lágrimas e as lágrimas, por uma série de motivos, vão além do nome empregado ao tipo de fogos: lágrimas pelas vidas ceifadas pela pandemia Covid-19; lágrimas pela Praça do Centenário, cruelmente descaracterizada pelo Executivo Municipal, justamente no ano de outro importante centenário; lágrimas de saudades e de profunda emoção; lágrimas esperançosas que irrigam a confiança em um futuro melhor pois em Pinheiro, felizmente, não existem asilos, não há essa chaga cancerosa que evidência o primeiro estágio da decadência e degradação social.
Uma página importante da história pinheirense é então escrita com o clarão dos fogos: luzente parabéns à Cidade de Pinheiro, na passagem de seu centenário.